Computação Aplicada

Devido ao potencial do país e da região dos Campos Gerais para a agricultura, existe uma forte demanda por pesquisas e produtos que tragam melhorias e desenvolvimento para o setor. Assim, o Programa de Pós-Graduação em Computação Aplicada (PPGCA) surge com o objetivo de contribuir com soluções computacionais e inovação tecnológica para a área agrícola.

O PPGCA foi instituído em 2010, com a aprovação do curso de mestrado. Sua área de concentração é Computação para Tecnologias em Agricultura, e recebe conceito 3 pela Capes. Como os demais programas de pós-graduação stricto sensu, também visa a formar pesquisadores e professores para atuar em institutos de educação e universidades.

As pesquisas e projetos feitos pelo programa visam o diálogo e contato direto com profissionais do meio agrícola, por este ser seu lugar de aplicação e pela importância em aproximar a teoria da prática. Alguns deles resultam de parcerias com outras universidades, empresas e agricultores da região. Como consequência, alguns softwares e ferramentas computacionais desenvolvidos chegam ao usuário final e são utilizados não só nos Campos Gerais, mas em todo o Brasil. Os estudantes são incentivados a apresentar trabalhos e participar de eventos e congressos, através de auxílio financeiro.

Produtos desenvolvidos no programa têm impactado na agricultura, como uma estação agrometeorológica e uma fórmula de recomendação de gesso agrícola, que está sendo utilizada em todo o país. Foram feitos dois depósitos de patente recentemente: em 2016 e em 2017, de um extensômetro, que mede o diâmetro de árvores, e do primeiro software desenvolvido pela UEPG, para rastreabilidade de produtos orgânicos. Através do Tecpar, o curso está buscando implantar o software em outras cidades do estado.

O corpo docente é composto por 15 professores permanentes, um colaborador e um professor visitante, que ministra uma disciplina em inglês. Além de docentes da área da computação, o mestrado inclui professores da Agronomia, de forma a melhorar a compreensão dos estudantes em torno do foco deste programa. Outros professores vêm de áreas como cartografia e biologia, que também têm afinidade com as pesquisas desenvolvidas.

A infraestrutura laboratorial é composta por laboratórios da pós-graduação, do Departamento de Informática e de outros departamentos da UEPG, como o de Agronomia, devido ao caráter interdisciplinar do mestrado. Alguns equipamentos também estão alocados no Complexo de Laboratórios Multiusuários (C-Labmu). Destaca-se o laboratório Infoagro, de alto desempenho e com tecnologia de ponta para executar pesquisas específicas da computação aplicada à agricultura.

“Alguns softwares e ferramentas computacionais desenvolvidos chegam ao usuário final e são utilizados não só nos Campos Gerais, mas em todo o Brasil”

A internacionalização é um ponto forte do programa, que busca cada vez mais espaço no exterior. Além da publicação de livros, algumas pesquisas repercutem em periódicos internacionais e são feitas parcerias interinstitucionais com universidades e institutos do mundo todo. A disciplina ministrada em inglês pelo albanês Petraq Papajorgji tem melhorado a fluência dos estudantes no idioma e despertado o interesse deles pelo doutorado em outros países. Além de contribuições científicas, o professor traz experiências pessoais de vivência internacional.

Atualmente, o mestrado conta com 39 alunos regulares e 11 alunos especiais (que cursam disciplinas isoladas). São admitidos graduados na área de informática e computação (como Ciências da Computação, Engenharia de Software e Sistemas de Informação), sendo a grande maioria dos estudantes provenientes desses cursos. Pelo aspecto do programa, egressos de outras áreas também podem matricular-se, a partir de uma prova de nivelamento.

Os mestrandos costumam entrar em contato direto com os graduandos através do estágio-docência e da coorientação de iniciação científica. Isso beneficia ambas as partes, pois os primeiros têm a oportunidade de exercer atividades similares às dos professores, participando do processo de ensino, enquanto os segundos passam a conhecer melhor a pós-graduação e se interessar por ela. O estágio-docência é obrigatório no programa, exceto para aqueles que tenham no mínimo seis anos de experiência como professores de graduação.

Os egressos do mestrado têm obtido boa colocação profissional, tanto como professores e pesquisadores, quando como consultores, funcionários de cooperativas e empreendedores. Segundo a atual coordenadora do programa, Alaine Guimarães, apenas dois dos 54 egressos não estão atuando na área de formação. Alguns estudantes prosseguiram para o doutorado, inclusive em outros países, como Alemanha, Canadá e Portugal. Em 2017, três egressos estão cursando doutorado no exterior.

O programa tem conceito 3 e deve ser avaliado neste ano. A expectativa é que seu conceito melhore e possa se consolidar, de forma que futuramente seja possível instituir um doutorado na área. Para os próximos quatro anos, a professora espera o desenvolvimento e publicação de mais pesquisas, obtenção de mais equipamentos e de parcerias com empresas, de forma a aumentar o diálogo com o mercado.

O Programa de Pós-Graduação em Computação Aplicada seleciona 15 estudantes no início de cada ano, e caso as vagas não sejam preenchidas, um novo edital é aberto para ingresso no segundo semestre. Apesar da grande procura, nem todos os candidatos são admitidos, pois precisam ter a qualificação adequada ao perfil do programa. A duração do mestrado é de 24 meses.

Linhas de Pesquisa

Modelagem Computacional Aplicada

Tem como objetivo desenvolver métodos computacionais que possam ser aplicados em problemas relacionados à agricultura e ao meio ambiente. Envolve também inteligência computacional e processamento paralelo e distribuído. Destaque às pesquisas em bioinformática, com o desenvolvimento de softwares que buscam analisar elementos biológicos no solo.

Computação, Automação e Gestão de Dados em Agricultura

Essa linha busca desenvolver pesquisas e aplicação de técnicas computacionais em problemas envolvendo análise e gestão de dados de agricultura, bem como processos de automação agrícola. Destacam-se as pesquisas com o uso de veículos aéreos não-tripulados (VANTs), popularmente conhecidos como drones.

Visite a página do programa

Skip to content