Pesquisa da UEPG desenvolve método inédito de preservação do solo em plantio direto

Pesquisa da UEPG desenvolve método inédito de preservação do solo em plantio direto

Uma pesquisa desenvolvida na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) é referência mundial na área de preservação e fertilização do solo. O professor Eduardo Fávero Caires é autor de metodologia inédita, que calcula aplicação de gesso para maior absorção da água e enraizamento de plantas. Dentre os reconhecimentos por este e outros trabalhos, em abril deste ano o docente atingiu a 53° posição brasileira no Ranking of Best Scientists in the field of Plant Science and Agronomy, sendo o 2° melhor colocado do Paraná e top 100 no mundo.

Caires coordena o Laboratório de Fertilidade do Solo e é professor da Pós-Graduação em Agronomia e em Computação Aplicada. A metodologia é fruto de pesquisas desenvolvidas ao longo de 25 anos, que busca o enraizamento de plantas em sistemas de plantio direto – método de cultivo que busca diminuir o impacto da agricultura e das máquinas agrícolas. “O plantio direto nasceu na nossa região e é hoje predominante no Brasil, que não tem revolvimento do solo”, destaca o docente.

Desde a década de 1990, Caires estuda técnicas para corrigir a acidez e proporcionar alta produtividade neste sistema de cultivo. O método oferece formas de quantificar doses de gesso para uso na agricultura. Segundo o professor, o gesso é um mineral muito importante para promover o enraizamento, pois auxilia na melhor absorção de nutrientes. “O gesso contém cálcio, que facilitava o crescimento do sistema radicular das plantas”, acrescenta. A área de solos sempre teve lacunas sobre como realizar este cálculo de aplicação de gesso, segundo ele. “Então, usando algoritmos e dados que a gente tinha acumulado das nossas pesquisas, conseguimos desenvolver uma nova equação de cálculo de doses de gesso”.

Publicado em 2018, o método é utilizado em várias regiões do Brasil, por produtores e empresas de agricultura de precisão. “Eu acredito que pesquisas sobre gesso sejam um grande diferencial dos últimos anos, pois é um método que aproveita um subproduto da indústria de fertilizantes, e embora seja uma recomendação desenvolvida na nossa região, tem tido êxito em vários locais do Brasil”. Contribuir para a agricultura de precisão, por meio da pesquisa, é um dos fatores que ocasionou a indicação ao Ranking, segundo o professor. “Por meio da nossa pesquisa, temos a oportunidade de viajar a várias regiões do Brasil, para dar palestras e treinamentos sobre este tema, então é uma metodologia que tem gerado resultados muito positivos”, completa. O artigo sobre o tema pode ser lido no link aqui.

Texto e fotos: Jéssica Natal

 

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