O Mestrado Profissional em História (ProfHistória) foi desenvolvido como programa em rede pela Universidade Federal do Rio de Janeiro em 2013, com início em 2014. A Universidade Estadual de Ponta Grossa aderiu ao projeto em 2015, com início em 2016. O ProfHistória recebe conceito 4 pela Capes.
A área de concentração do ProfHistória é Ensino de História, e o programa tem três linhas de pesquisa: Saberes Históricos no Espaço Escolar, Linguagens e Narrativas Históricas: Produção e Difusão e Saberes Históricos em Diferentes Espaços de Memória. O mestrado oferta disciplinas obrigatórias e optativas e tem duração de dois anos.Seu objetivo é contribuir para a formação continuada e enraizamento do professor na profissão.
Para conclusão do curso, o mestrando deve elaborar um produto relacionado à educação, como livros didáticos, documentários, sites, entre outros, que abordem o tema escolhido. Isso porque o foco de um mestrado profissional é contribuir para o processo de ensino-aprendizagem, voltado ao estudante ou ao professor.
Os temas pesquisados pelos estudantes dentro de cada linha de pesquisa são dos mais variados. Diversidade, gênero, relações étnico-raciais, história indígena, história local, entre outros assuntos podem gerar materiais didáticos. Outra opção é voltar-se para a formação inicial e continuada do professor, e produzir materiais para cursos de licenciatura e oficinas de formação. Reflexões contemporâneas sobre a aprendizagem em História também ganham espaço. Por exemplo, observar como se ocorre o processo de aprendizagem e como se desenvolve a consciência histórica dos alunos.
“(O objetivo do mestrado) é contribuir para a formação continuada e enraizamento do professor na profissão.”
O programa é voltado para professores da rede de ensino, em todos os níveis, englobando formados em História e professores que lecionam História nas séries iniciais (formados em Pedagogia, por exemplo). O corpo docente é composto por 10 professores, e o corpo discente tem 12 alunos. A estrutura do programa é composta pelo Departamento de História da UEPG, que possui salas de aula e Centro de Documentação, e pelo Museu Campos Gerais e seu Centro de Documentação.
Segundo o coordenador do programa, professor Paulo Eduardo Dias de Mello, os documentos e materiais de acervo são importantes tanto para o mestrado acadêmico quanto para o mestrado profissional da área, tendo em vista que o professor de História também deve ser pesquisador. Para a construção dos materiais didáticos, por exemplo, é preciso coletar informações e imagens que podem ser encontradas em centros de documentação.
Em longo prazo, o programa quer melhorar o ensino na educação básica, considerando que História é uma disciplina dinâmica, que tem novas interpretações, novos enfoques e descobertas. Para isso, espera promover a atualização docente e fortalecer a pesquisa, focando os temas de ensino, formação de professores e aprendizagem em espaços formais e não formais.
O processo de seleção é feito através de uma prova nacional, aplicada na mesma data em cada polo. Ele é feito a cada dois anos, ou seja, com a formação de uma turma outra se inicia. Os candidatos se inscrevem pela internet indicando o polo de interesse. No último processo seletivo, a concorrência para a UEPG foi em torno de 4 a 5 candidatos por vaga. Em 2017, foram ofertadas de 16 vagas.
*O mestrado profissional busca qualificar professores atuantes no mercado de trabalho, de preferência na rede pública de ensino. Ao final do curso, deve ser feito um produto para a educação, que possa utilizado nas escolas. Em alguns casos, também exige dissertação.
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