Química Aplicada

O Programa de Pós-Graduação em Química Aplicada (PPGQA) teve início em 2005, com o Mestrado em Química Aplicada. Sua área de concentração é Química, e recebe conceito 4 pela Capes.

O objetivo do PPGQA é formar recursos humanos de alta qualidade, voltados principalmente para a pesquisa e docência, bem como para o desenvolvimento de patentes e resolução de problemas.

As linhas de pesquisa atuais devem ser modificadas para melhor se alinharem às áreas de interesse dos professores. Elas eram “Espectroscopia Molecular Aplicada”, “Química de Produtos Naturais” e “Química de Materiais”. Apenas a última foi mantida, sendo criadas “Compostos Bioativos e Produtos Naturais” e “Química Ambiental”.

A internacionalização do programa tem aumentado nos últimos anos, e alguns estudantes participam de intercâmbio para desenvolver pesquisas no exterior. O trabalho produzido por eles se relaciona com seus projetos de dissertação, porém em sentido complementar. São novas técnicas e sínteses que contribuem para a seus projetos. O PPGQA recebe alunos de outros países, e atualmente conta com um pós-doutorando indiano, que atua como professor visitante e mantém parceria de pesquisa com seu país de origem. Nos últimos dois anos, recebe visita de um professor canadense. Professores do programa também foram para o exterior fazer pós-doutorado recentemente.

Em nível nacional, o programa envia alunos para a USP e UFSCar, ambas em São Carlos, e tem contatos de pesquisa em outros centros do país. O coordenador do programa, Sérgio Ricardo de Lázaro, acredita que, em um futuro próximo, as parcerias internacionais devem se igualar em número às nacionais, já consolidadas.

O PPGQA desenvolveu diversas patentes desde seu surgimento. Alguns professores desenvolveram uma síntese eletroquímica de óxido de grafeno, pesquisas voltadas à saúde produziram sensores eletroquímicos e duas patentes sobre reciclagem de vidro foram registradas nos últimos anos.

Algumas pesquisas do programa geram impacto externo, através de parcerias para a aplicação de seus produtos. Uma delas é com o Instituto Federal do Paraná (IFPR) de Jaguariaíva, que promove a reciclagem de resíduos alimentares para geração de húmus. O processo é feito com o uso de um reator, patenteado pela UEPG.

O perfil do ingressante são graduados em Química, Engenharia Química, Engenharia de Materiais, Farmácia, e outros cursos relacionados à área. Alunos provenientes da Física, Matemática e Geografia também podem ingressar no mestrado. O coordenador afirma que a especialização é muito importante na área de Química, e que muitos formados têm percebido isso e buscado o programa.

“Algumas pesquisas do programa geram impacto externo, através de parcerias para a aplicação de seus produtos”

Em relação aos egressos, a maioria segue carreira acadêmica e prossegue ao doutorado na própria universidade (ou em outros locais). Alguns mestrandos buscam a qualificação para o mercado de trabalho e atuam em indústrias, portanto retornam ao emprego.

Segundo Sérgio Lázaro, o vínculo com a graduação é muito importante para o programa, e serve de incentivo para os estudantes prosseguirem no mestrado. Um exemplo é o Simpoquim – Simpósio de Graduação e Pós-graduação em Química, que está na nona edição. O simpósio engloba palestras, apresentação de trabalhos e minicursos. O evento também atrai estudantes de outras universidades, como UTFPR, UFPR, UEM e Unicentro, chegando a uma média de 60 trabalhos apresentados. Outra possibilidade de integração entre os estudantes é a iniciação científica, coorientada ou auxiliada por pós-doutorandos e mestrandos, bem como atividades de ensino, como minicursos.

O programa abre possibilidade de alunos dos dois últimos anos da graduação (em especial do último) cursarem disciplinas no mestrado, principalmente se tiverem relação com alguma pesquisa que desenvolvem ou seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).

A estrutura do programa compreende os laboratórios do departamento e do C-Labmu (Complexo de Laboratórios Multiusuários) da UEPG. Segundo o professor, a dimensão atual está ficando insuficiente, sendo necessário readequar e aumentar o espaço físico disponível nos próximos anos. Por outro lado, ele destaca que o PPGQA tem um dos maiores centros de simulação computacional do Paraná e do sul do Brasil, voltado para materiais e moléculas.

“o PPGQA tem um dos maiores centros de simulação computacional do Paraná e do sul do Brasil, voltado para materiais e moléculas”

O PPGQA tem corpo docente de 20 professores, sendo 18 de Química e 2 de Física. Todas as grandes áreas da Química são representadas, com especialistas em cada uma delas. São 30 discentes atualmente, e recebe alunos especiais em seis disciplinas. Os estudantes do mestrado são incentivados a cursas disciplinas optativas e em outros programas por uma mudança no número de créditos.

Em médio e longo prazo, os objetivos são melhorar o espaço físico, manter e melhorar a qualidade e conceito do mestrado, expandir o contato internacional e intercâmbios e aumentar a quantidade de bolsas, participação em eventos e submissão de artigos em Inglês.

O processo de seleção do programa é composto por prova escrita e prova de títulos, avaliando a participação do aluno em atividades na graduação. Outra etapa é a entrevista, na qual se apresenta e discute o projeto de pesquisa que deve desenvolver. Nas últimas duas seleções, houve aumento das inscrições de profissionais da Engenharia.

Visite a página do programa

Skip to content