Semana Nacional de Museus: conheça acervo do Foto Cine Clube Vila Velha

O Museu Campos Gerais segue com as portas fechadas enquanto durar a pandemia do novo coronavírus. Assim como vários outros espaços de memória pelo país, o MCG foi obrigado a repensar e adaptar a programação prevista para a 18ª Semana Nacional de Museus, de 18 a 24 de maio. A temporada, coordenada pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), possui por tema neste ano ‘Museus para a Igualdade: diversidade e inclusão’.

O subtema desta terça-feira (19) para o evento nacional é a igualdade. Dentro dessa proposta é que o MCG destaca, como alternativa online de programação, vídeo de apresentação de acervo do Foto Cine Clube Vila Velha, dos Arquivos Históricos Hugo Reis. O audiovisual resulta de Pesquisa de Iniciação Científica de ensino médio (Pibic Jr.), na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), da estudante Marianne Lechinovski, do Colégio Estadual Regente Feijó, sob orientação do professor do Departamento de Jornalismo e diretor de acervo do MCG, Rafael Schoenherr.

“É a primeira pesquisa desenvolvida pela Marianne e esse levantamento deve resultar em um serviço útil para organização do acervo e para futuras pesquisas, mais avançadas, de graduação ou pós-graduação. Um museu é um lugar que deve propiciar igualdade também nas condições de produção de conhecimento e, posteriormente, de acesso a essas informações”, explica.

A pesquisa iniciou em julho do ano passado, com o objetivo de fazer um diagnóstico inicial do conjunto de documentos, fotos e peças referente à trajetória do fotoclube, criado em 1975 junto ao Centro de Criatividade da UEPG. O acervo chegou ao MCG pelas mãos do jornalista Neomil Macedo, diretor da Gráfica da universidade, que estava de posse do material e fez o resguardo desse acervo que ajuda a contar a história da fotografia em Ponta Grossa nas últimas duas décadas do século XX.

Para Schoenherr, o estudo de um fotoclube obriga a pensar a história da fotografia também pelo ângulo do consumo, dos circuitos de sociabilidade, das práticas diletantes e não apenas pela ótica da produção especializada. O professor destaca o fato de o primeiro contato com atas, fotos de exposição, registros de eventos, selos, livretos de fotografia, troféus e demais objetos se dar pelas mãos de uma estudante do ensino médio. No início de março, a pesquisadora expôs parte dos resultados em exposição na recepção do museu, que poderá ser (re)visitada pelo público assim que encerrado o recesso. Por enquanto, é possível conferir alguns detalhes no vídeo.

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