Bolsas de pesquisa e extensão são diferencial na vida da nova geração de pesquisadores do Paraná

Tiago Henrique Soares – UEM

Passada a euforia do ingresso na universidade, são muitos os desafios diários da vida universitária. Além da jornada puxada de estudos a questão financeira também precisa ser bem administrada pelos estudantes. Contar com bolsas de iniciação científica e de extensão são apoios importantes para 3 mil bolsistas da Fundação Araucária nesta modalidade e, nesta semana, mais cerca de 3,5 mil novas bolsas foram disponibilizadas por meio do lançamento de três chamadas públicas.

Os Programas de Bolsas de Iniciação Científica e Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBIC e PIBIT), de Apoio à Inclusão Social Pesquisa e Extensão Universitária (PIBIS) e de Extensão Universitária (PIBEX) financiarão bolsas no valor, já reajustado, de R$ 700 mensais pelo período de até 12 meses.

Segundo a coordenadora do Fórum dos Pró-Reitores de Extensão das Instituições de Educação Superior Públicas Brasileiras – Regional Sul, Rosimeire Darc Cardoso, os programas da Fundação Araucária são importantes ações para os estudantes de graduação. “O contato do estudante com a extensão faz com que ele perceba a importância dos conhecimentos científicos, tecnológicos e de inovação e também contribui com a sua formação de forma integral ao mesmo tempo que impacta a comunidade onde atua. Também e importante ressaltar que o PIBIS se constitui em um importante instrumento de manutenção das condições de os alunos de inclusão social permanecerem na universidade e se dedicarem aos estudos e à sua formação”, ressalta.

Nickolas Valério Soti, 22 anos, está no terceiro ano do curso de Letras-Português na Universidade Estadual do Paraná (Unespar-Paranaguá). Escolheu a carreira de professor. Já atuou em vários projetos de educação ambiental como bolsista e atualmente ministra aulas para idosos na Universidade Aberta da Terceira Idade (Unati) da Unespar. “Na Unati estou há mais de um ano, mesmo já tendo conquistado meu certificado eu continuo com eles porque sei que precisam de projetos como este e tem contribuído muito para a minha formação.”

Ele conta como a bolsa do PIBIS o ajudou a superar a dificuldade em conciliar trabalho e estudos. “Hoje em dia, no Brasil, é muito difícil você trabalhar e estudar ao mesmo tempo. Quando eu entrei na faculdade eu tinha um emprego e não conseguia conciliar as atividades acadêmicas com o trabalho. Então tive que escolher e optei pelos estudos. A bolsa é uma importante ajuda para mim, consigo arcar com meus gastos básicos e ter a experiência que preciso como professor”, disse.

Para o presidente do Conselho Paranaense de Pró-reitores de Pesquisa e Pós-Graduação do Paraná, Giovani Marinho Favero, o destaque nacional das universidades do Paraná se dá, em parte, por essa formação básica e com financiamento governamental amplo. “A visão favorável do Governo do Estado à Ciência, Tecnologia, Inovação e Extensão é confirmada por esses editais com um volume amplo de bolsas em suas diferentes modalidades e com um investimento financeiro elevado. Esse estímulo acadêmico tem um efeito cascata, pois o estudante de iniciação científica será um futuro pós-graduando, o de iniciação tecnológica participará de frentes de inovação regional e estadual e assim por diante”, enfatiza o pró-reitor.

Gulherme Teixeira Santos – UEPG

Aos 21 anos Tiago Henrique Soares, cursa o terceiro ano de Matemática na Universidade Estadual de Maringá (UEM) e é bolsista PIBIS no projeto de extensão dentro do Museu Dinâmico Interdisciplinar (MUDI). “Como bolsista eu tenho o dever de repassar o conhecimento aos visitantes do museu o que para mim é muito gratificante. Acrescenta muito na minha vida acadêmica e sei que vai me ajudar depois que eu me formar”, conta Tiago.

Para Eliseu Mota Neto, ser bolsista é poder se dedicar de forma integral à universidade e em busca da carreira que ele escolheu. Neto é estudante do segundo ano de ciências biológicas na UEM e também é bolsista do MUDI em diversos projetos. “A bolsa me auxilia com a alimentação, comprar material didático e despesas básicas. É um apoio importante para eu me manter dentro da universidade e poder me dedicar aos estudos atuando dentro da minha área profissional. É muito bom ter esta experiência como bolsista”, explica Neto.

Gulherme Teixeira Santos, tem 23 anos e foi bolsista do Programa de Bolsas de Iniciação Científica e Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBIC e PIBIT) enquanto estudante da graduação em Física. Sua última conquista foi a aprovação no curso de mestrado em Física da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).

“A bolsa foi uma importante ajuda com as contas da casa, gastos com alimentação no restaurante universitário e com as passagens de ônibus. Ser bolsista me ajudou de forma geral em toda minha graduação graças ao ambiente e ao apoio da minha orientadora. Eu espero que a iniciação científica abra novas oportunidades para o meu futuro acadêmico”, comenta.

Bolsista do Programa de Apoio à Inclusão Social Pesquisa e Extensão Universitária (PIBIS), Josiane Fabieli Borcz, aos 21 anos está no quarto ano de Engenharia de Metais na UEPG. Além de ajudar nas despesas em casa, para ela a bolsa oportuniza a experiência prática em seu curso. “Eu espero aumentar meu conhecimento prático na área do meu curso e ampliar minhas opções quanto a vagas disponíveis no mercado de trabalho depois de formada. Minha família nunca teve uma renda muito alta então a bolsa é importante porque eu posso ajudar os meus pais com as despesas de casa e estou guardando parte da bolsa pra fazer minha CNH, uma vez que meus pais não têm condições de pagá-la pra mim”, conta.

Os editais com os programas de bolsas de iniciação científica e de extensão acadêmica lançados pela Fundação Araucária nesta semana podem ser acessados no site www.fappr.pr.gov.br em Programas/Programas Abertos.

Por Ticiane Barbosa/SETI

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